Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Um brinde a burrice
palavra espalhada.
Mãos na cabeça
vida ceifada.
Poder só de um
humanidade acabada.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
O portal e Perla
domingo, 26 de dezembro de 2010
Tagarela
Amo e desgosto notadamente.
Já não quero saber explicar isso.
Sei como desgosto e quanto amo.
Sigo parvo e descabido.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Bolsa de homem
domingo, 21 de novembro de 2010
amenidades
trilha, conversa
uma lagoa com peri
uma praia com pedras
Hoje estou aqui
madrugada, silencio
um copo com café
um homem com perdas
Amanhã serei outro
ônibus, trabalho
uma baía com barcos
um motor com gasolina
Ainda
domingo, 14 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Atando desde o inverno
sábado, 6 de novembro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Gerentes de cofre público
Quis uma gerente que cuidasse mais dos peixes e das árvores, porque sobraria menos lixo nos rios e mais água para mim. Mas ela não foi contratada pela diretoria.
Agora não sei se escolho uma quadrilha das negociatas que já venderam a própria alma e até o sal com seus contratos de gaveta, carguinhos comissionados e gerente sargentona, ou um um bando de desesperados neoqualquercoisaquededinheiro e suas equipes de qualidade total e conversa mole.
Dureza!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Bandeirolas antigas, janelas novas
Bandeirolas farfalhando
Palavras, versos, orações
Os tecidos das bandeiras espalham
Os melhores desejos em si escritos
Pelo ego
Perfis virtuais viajando
Palavras, rimas, projeções
As apresentações de si dispersas
Os afãs de saber e dizer inscritos
As preces das bandeirolas sonham
Embelezar o mundo
As frases de 'chats' pretendem
Adaptar a si o mundo
Tecidos que guardam em si reflexões
Anônimas coletivas refletidas
Letreiros virtualizados espalham fragmentos
Apropriados pessoais vagos
Por uma via
Os tecidos farfalhantes são sonhos
De que o vento e a brisa levem
Para cada etéreo lugar
A paz
Pelo ego
As frases estúpidas dos perfis
São piadas gastas de pseudofilosofia
Levando para muitos olhares
O autoretrato idiota do falso humano
Havia, há, haverá em silêncio e entregue com amor ao vento, um sem número de preces gravadas em placas, bandeiras, cilindros. Se destinam a enviar, com o sopro do ar, bons presságios de anônimos para mim, para ti.
Há também um sem números de manifestações modernas, viabilizadas pelos contatos via internet, entre conhecidos e os dos conhecidos e, perceptivelmente, muitas bobagens, excertos sem sentido, meias verdades, pretensões, repetições, atribuições falsas de autoria, sábios de lógica fraca, lições de pretensa moral, rimas sem verso, vontades sem sentido.
Se a internet é como um grande rio de informações, as frases de perfis são a curva onde as bobagens encalham. Assim, se pudermos ainda respirar, servem para que vejamos nossas faces nesse espelho. Quem sabe possamos rever esse impulso poluído de espalhar sujeira. Talvez até possamos
distribuir menos lixo, trancando menos esse rio chamado internet, para que fluam melhor as preces, superando as correntes e as frases fáceis e vazias.
sábado, 23 de outubro de 2010
Cozinhando
Todas as searas em que se receita
Todas as maravilhas que se prepara
Todas as vezes que ficam prontas
Alegram meus preparos no brilho
Sonhado dos teus suspiros
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Passos velhos
Os primeiros passos que dei com este forro de pés marcaram uma jornada cujo destino nem no mais clarividente sonho eu saberia. E agora que sei onde estou indo, e percebo que meu destino é outro lugar comum, me esforço para sonhar o verão, que aquecerá este banco, onde não estarei.
domingo, 17 de outubro de 2010
Desavisou
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Minha casa é uma varanda
A varanda cabe no compromisso sem tempo das vistas alcançarem o que for observado ao acaso.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Saudades
onde dediquei muitos bateres do meu coração,
acreditando que minha vida poderia se resumir a palavras.
Sinto saudades de quem pensei que poderia ter sido.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Porta coisas de pescoço - Patuás - Macramé
Guardadas nestas pequenas bolsas, coisas como sementes, ervas aromáticas, moedas pequenas, sei lá mais o quê, tornam-se também Patuás, que são espécies de amuletos.
A bolsinha mais estreita e alta, mede cerca de 2 cm de largura. A mais larga mede uns 3. São elaboradas exclusivamente em Macramé e recebem uma pequena semente como fecho. Ambas estão fixadas em um cordão com tamanho para usar como colar.
domingo, 31 de janeiro de 2010
Minhas fugas
Mais uma vez me chega uma manhã cheia de cheiros
E saio debaixo do forro para sentir o calor da luz
Faço um círculo com seis passos dados na soleira
Volto para dentro do meu sonho guardado no quarto
Apago o que já é e busco o desenho de um dia belo
O repouso não volta com o novo barulho
A aurora insiste em me convidar com trinados
Me guardo como impuro ou muito perfeito
São minhas verdades só para minha verdade
Apago o que está para mim sem o peso de ser meu
O melhor sono imaginaria o que está lá fora
Sou afeito a desencontrar o sonho...
voando looooooonge
eufui, eufui
pro Mato Grosso eufui
eufui eufui, eufui
pro Mato Grosso eufui
eufui eufui, eufui
pro Mato Grosso eufui
retalhos
letras que alinhavam
como quem costura
e dissipa meses de botão sem casa
cardando letras
fiando frases
fosse possível pespontar
coseria destinos
Sisal também dá coruja
Inerências retóricas
escrito e dinâmico * A razão é a busca dela. Está sempre entre seu impulso e sua descoberta. ..............................
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Se houvesse apenas um candidato à presidência do Brasil? Se esta eleição fosse um plebiscito? Se apenas um candidato estivesse na disputa?...
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"...e então, ainda com o coração batendo forte pela última queda, sorriso e apreensão na mesma face, já sabendo que outra queda cheg...