Por uma via
Bandeirolas farfalhando
Palavras, versos, orações
Os tecidos das bandeiras espalham
Os melhores desejos em si escritos
Pelo ego
Perfis virtuais viajando
Palavras, rimas, projeções
As apresentações de si dispersas
Os afãs de saber e dizer inscritos
As preces das bandeirolas sonham
Embelezar o mundo
As frases de 'chats' pretendem
Adaptar a si o mundo
Tecidos que guardam em si reflexões
Anônimas coletivas refletidas
Letreiros virtualizados espalham fragmentos
Apropriados pessoais vagos
Por uma via
Os tecidos farfalhantes são sonhos
De que o vento e a brisa levem
Para cada etéreo lugar
A paz
Pelo ego
As frases estúpidas dos perfis
São piadas gastas de pseudofilosofia
Levando para muitos olhares
O autoretrato idiota do falso humano
Havia, há, haverá em silêncio e entregue com amor ao vento, um sem número de preces gravadas em placas, bandeiras, cilindros. Se destinam a enviar, com o sopro do ar, bons presságios de anônimos para mim, para ti.
Há também um sem números de manifestações modernas, viabilizadas pelos contatos via internet, entre conhecidos e os dos conhecidos e, perceptivelmente, muitas bobagens, excertos sem sentido, meias verdades, pretensões, repetições, atribuições falsas de autoria, sábios de lógica fraca, lições de pretensa moral, rimas sem verso, vontades sem sentido.
Se a internet é como um grande rio de informações, as frases de perfis são a curva onde as bobagens encalham. Assim, se pudermos ainda respirar, servem para que vejamos nossas faces nesse espelho. Quem sabe possamos rever esse impulso poluído de espalhar sujeira. Talvez até possamos
distribuir menos lixo, trancando menos esse rio chamado internet, para que fluam melhor as preces, superando as correntes e as frases fáceis e vazias.
Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
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