Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
O portal e Perla
Perla perguntou se eu conhecia a dor, aquela que contou ter descoberto também nos que já sofrem a falta do mínimo para viver. Chamou de angústa existencial e disse que todos possuem, quero dizer, em alguns momentos são possuídos por ela. Mas o nosso ônibus amarelinho que pára até fora ponto, esse que dá ar fresco forçado para privilegiados, fez força para a direita e venceu a inércia da reta. Essa curva descobriu o mar de um lado e um paredão cinza cor de pedra do outro. Nos olhos dela, inundados de horizonte, vi o portal do morro das pedras me isolando da urbanidade. Chegados à nossa realidade paralela de paraíso, quis reviver o transe único do horizonte bebendo naqueles olhos. Assim é que descobri o quanto pode ser intensa a angústia. Ao chegar em casa, sem poder enxergar os dela, cerrei os meus.
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