Hã?
Um dia inteiro sem receber informações via televisão foi o suficiente para que sessenta e oito porcento dos meus dilemas sumissem. O esforço que muitos fazemos para preencher a vida com o máximo de proveitos é quase uma tarefa impossível sem programas feitos para a TV e distribuídos através de cabos, ou antenas ou fitas ou DVD's. Nenhum ser humano consegue, seja qual for o seu poder de abstração ou fonte questionadora, encontrar inutilidade suficiente para completar o dia em todos os momentos acordado. Fazer isto todos os dias de todas as semanas é inimaginável.
Num momento em que este eletrodoméstico, que já é bem menos elétrico e muito cheio de opiniões, resolve não dar o ar de sua ingrata graça, podemos perceber o quanto ele sobra em nossas vidas. Os dias apresentam vácuos, as importâncias trocam de lugar, as atenções se voltam para a pessoa que está no lado (oi, você é quem mesmo?), nosso eu se percebe como outro estranho, o espelho diz a verdade, o mundo não é tão acelerado.
Com sorte, se a TV não funcionar, pode-se caminhar até a padaria.
Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
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