domingo, 21 de julho de 2013

Foi assim

Um cara estava com fome, viu um negócio, partiu e comeu. Era uma porcaria. Catou outro, partiu, cozinhou e comeu. Era horrível mesmo. Olhou na etiqueta do negócio e leu uma mensagem infernal. Naquele momento o universo brecou nas quatro, a coisa tinha nome. O cara enfiou o dedo na garganta e vomitando agarrado a tudo quanto é capim próximo, imaginou o fundo da terra com um ser muito sádico e gritou:
- Pra criar isso só pode ter sido um demônio!
Chegou em casa e contou para a mulher que ainda estava lá e naquele momento, dona de si, escrevia numa plaqueta 'adeus sutiã'. Como o babado parecia ser quente ela arriscou continuar a relação por mais um ciclo até a próxima TPM, mandou que repetisse a notícia. Disse ele:
- Comi um negócio criado pelo demônio.
Ela não conseguiu compreender a subliminaridade do conto pois não havia contraponto. Então o orelhudo tentou ser mais convincente.
- É que um cara muito legal resolveu fazer esse mundão todo aqui, com laranjas, mangas, mamões, cupuaçus, pitangas... por isso chamamos esse lugar de mundão de meu deus. Um descendente dele, nascido dos longos cabelos brancos super-escovados com luzes e sem pontas duplas, por ter nascido com um maquiavélico cabelo loiro, lisinho penteado pro ladinho, vendo que tudo já estava perfeitamente criado, ficou puto. Um dia fugiu com uma nuvem de caspa enquanto deus penteava seus longos cabelos brancos super-escovados com luzes e sem pontas duplas. O loirinho endemoniado jurou amargar eternamente cada estrutura bípede ereta com polegar opositor e terrestre que fosse criatura do criador. Entocou-se numa fundição, chamou de inferno e inventou o Jiló.

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Inerências retóricas

escrito e dinâmico * A razão é a busca dela. Está sempre entre seu impulso e sua descoberta. ..............................