Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Gerentes de cofre público
É quase impossível não pensar em dinheiro, e é perfeitamente sensato pensar em quem escolheremos para que outros e não nós, sejam os ferrados. É assim que escolhemos os gerentes do dinheiro público, optando pelos mais parecidos com sargentos broncos ou com tenentes bonitinhos, treinados para executar ordens, simplesmente isso.
Quis uma gerente que cuidasse mais dos peixes e das árvores, porque sobraria menos lixo nos rios e mais água para mim. Mas ela não foi contratada pela diretoria.
Agora não sei se escolho uma quadrilha das negociatas que já venderam a própria alma e até o sal com seus contratos de gaveta, carguinhos comissionados e gerente sargentona, ou um um bando de desesperados neoqualquercoisaquededinheiro e suas equipes de qualidade total e conversa mole.
Dureza!
Quis uma gerente que cuidasse mais dos peixes e das árvores, porque sobraria menos lixo nos rios e mais água para mim. Mas ela não foi contratada pela diretoria.
Agora não sei se escolho uma quadrilha das negociatas que já venderam a própria alma e até o sal com seus contratos de gaveta, carguinhos comissionados e gerente sargentona, ou um um bando de desesperados neoqualquercoisaquededinheiro e suas equipes de qualidade total e conversa mole.
Dureza!
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Bandeirolas antigas, janelas novas
Por uma via
Bandeirolas farfalhando
Palavras, versos, orações
Os tecidos das bandeiras espalham
Os melhores desejos em si escritos
Pelo ego
Perfis virtuais viajando
Palavras, rimas, projeções
As apresentações de si dispersas
Os afãs de saber e dizer inscritos
As preces das bandeirolas sonham
Embelezar o mundo
As frases de 'chats' pretendem
Adaptar a si o mundo
Tecidos que guardam em si reflexões
Anônimas coletivas refletidas
Letreiros virtualizados espalham fragmentos
Apropriados pessoais vagos
Por uma via
Os tecidos farfalhantes são sonhos
De que o vento e a brisa levem
Para cada etéreo lugar
A paz
Pelo ego
As frases estúpidas dos perfis
São piadas gastas de pseudofilosofia
Levando para muitos olhares
O autoretrato idiota do falso humano
Havia, há, haverá em silêncio e entregue com amor ao vento, um sem número de preces gravadas em placas, bandeiras, cilindros. Se destinam a enviar, com o sopro do ar, bons presságios de anônimos para mim, para ti.
Há também um sem números de manifestações modernas, viabilizadas pelos contatos via internet, entre conhecidos e os dos conhecidos e, perceptivelmente, muitas bobagens, excertos sem sentido, meias verdades, pretensões, repetições, atribuições falsas de autoria, sábios de lógica fraca, lições de pretensa moral, rimas sem verso, vontades sem sentido.
Se a internet é como um grande rio de informações, as frases de perfis são a curva onde as bobagens encalham. Assim, se pudermos ainda respirar, servem para que vejamos nossas faces nesse espelho. Quem sabe possamos rever esse impulso poluído de espalhar sujeira. Talvez até possamos
distribuir menos lixo, trancando menos esse rio chamado internet, para que fluam melhor as preces, superando as correntes e as frases fáceis e vazias.
Bandeirolas farfalhando
Palavras, versos, orações
Os tecidos das bandeiras espalham
Os melhores desejos em si escritos
Pelo ego
Perfis virtuais viajando
Palavras, rimas, projeções
As apresentações de si dispersas
Os afãs de saber e dizer inscritos
As preces das bandeirolas sonham
Embelezar o mundo
As frases de 'chats' pretendem
Adaptar a si o mundo
Tecidos que guardam em si reflexões
Anônimas coletivas refletidas
Letreiros virtualizados espalham fragmentos
Apropriados pessoais vagos
Por uma via
Os tecidos farfalhantes são sonhos
De que o vento e a brisa levem
Para cada etéreo lugar
A paz
Pelo ego
As frases estúpidas dos perfis
São piadas gastas de pseudofilosofia
Levando para muitos olhares
O autoretrato idiota do falso humano
Havia, há, haverá em silêncio e entregue com amor ao vento, um sem número de preces gravadas em placas, bandeiras, cilindros. Se destinam a enviar, com o sopro do ar, bons presságios de anônimos para mim, para ti.
Há também um sem números de manifestações modernas, viabilizadas pelos contatos via internet, entre conhecidos e os dos conhecidos e, perceptivelmente, muitas bobagens, excertos sem sentido, meias verdades, pretensões, repetições, atribuições falsas de autoria, sábios de lógica fraca, lições de pretensa moral, rimas sem verso, vontades sem sentido.
Se a internet é como um grande rio de informações, as frases de perfis são a curva onde as bobagens encalham. Assim, se pudermos ainda respirar, servem para que vejamos nossas faces nesse espelho. Quem sabe possamos rever esse impulso poluído de espalhar sujeira. Talvez até possamos
distribuir menos lixo, trancando menos esse rio chamado internet, para que fluam melhor as preces, superando as correntes e as frases fáceis e vazias.
sábado, 23 de outubro de 2010
Cozinhando
Todas as receitas que me ensinaram
Todas as searas em que se receita
Todas as maravilhas que se prepara
Todas as vezes que ficam prontas
Alegram meus preparos no brilho
Sonhado dos teus suspiros
Todas as searas em que se receita
Todas as maravilhas que se prepara
Todas as vezes que ficam prontas
Alegram meus preparos no brilho
Sonhado dos teus suspiros
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Passos velhos
Quando chegar o verão, e o sol tiver força para aquecer este banco onde me sento, já não estarei aqui, sentado, descontando os ônibus que passam. Talvez apenas os tênis velhos, marrons, que um dia combinei com bombachas, sejam companhia.
Os primeiros passos que dei com este forro de pés marcaram uma jornada cujo destino nem no mais clarividente sonho eu saberia. E agora que sei onde estou indo, e percebo que meu destino é outro lugar comum, me esforço para sonhar o verão, que aquecerá este banco, onde não estarei.
Os primeiros passos que dei com este forro de pés marcaram uma jornada cujo destino nem no mais clarividente sonho eu saberia. E agora que sei onde estou indo, e percebo que meu destino é outro lugar comum, me esforço para sonhar o verão, que aquecerá este banco, onde não estarei.
domingo, 17 de outubro de 2010
Desavisou
Ela chegou e passava do almoço. Sentou-se onde era para ser minha a cadeira. Guardou a refeição atrasada. Jogou no lixo o caderno de rascunhos. Apagou a agenda. Com as mãos desarrumou minha rede. Fez graça com as preocupações. Foi-se. Um dia me soube precavido. Hoje espero passos e silêncios. Me tornei por ela um desavisado.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Minha casa é uma varanda
Descompromisso e tempo são formas de observar o que calhe no acaso do alcance das vistas.
A varanda cabe no compromisso sem tempo das vistas alcançarem o que for observado ao acaso.
A varanda cabe no compromisso sem tempo das vistas alcançarem o que for observado ao acaso.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Saudades
Sinto saudades deste espaço,
onde dediquei muitos bateres do meu coração,
acreditando que minha vida poderia se resumir a palavras.
Sinto saudades de quem pensei que poderia ter sido.
onde dediquei muitos bateres do meu coração,
acreditando que minha vida poderia se resumir a palavras.
Sinto saudades de quem pensei que poderia ter sido.
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