Vou lhes dizer uma coisa, do fundo do meu coração.
Vão para casa. A hora é de calar. Só vamos mudar lá fora quando aprendermos isto aqui dentro. É hora de ir para casa alimentar os bichos, arar a terra, pagar boletos, amar, fazer sexo, colher pitangas. É em casa que a gente se cuida.
Vão para casa. A que está lá dentro do peito, a que tem sentimentos, pensamentos, ideias, ideologias, histórias e memórias. É preciso repensar, reviver, reolhar para estes últimos tempos, para o nosso eu deste último ano. O saber não é a velocidade com que atiramos a flecha, mas a precisão em acertar o alvo. É preciso estar sereno para atirar a flecha.
Vão para casa. Todo corpo, o corpo coletivo inclusive, precisa de tempo para se reestabelecer, reequilibrar, reforçar. É preciso dar tempo ao corpo, senão não há gozo. Corpos coletivos precisam que suas partes se reconheçam, senão elas se movem por medo ou histeria. Um corpo só age com força e sentido se uma parte reconhece a outra e o todo olhar para o mesmo objetivo.
É hora de se calar. Depois sim, cuidados nós e os que são por nós, se for necessário, com inteligência, tocamos fogo na porra toda.
Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
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