"...e então, ainda com o coração batendo forte pela última queda, sorriso e apreensão na mesma face, já sabendo que outra queda chegaria a qualquer momento, ansiava com os braços abertos de quem se lança com o medo, ou seja, acompanhada dele, coragem em dobro, cinco anos apenas, mantinha-se sentada na planta dos meus pés e fitava meus olhos querendo adivinhar o momento em que a soltaria em queda livre, era novamente surpreendida, novamente a suspendia, quase em êxtase descia daquele metro de altura que minhas pernas alcançavam apoiadas pelo corpo deitado sobre as costas, gargalhava e logo se desafiava novamente, vencendo a apreensão da nova queda, buscando adivinhar o momento antes de ser surpreendida, vivia cada ciclo intensamente..."
(recorte de memórias da infância de uma menina amada e feliz)
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