(revisado)
Estou em 2020, entre a foto e hoje há tempo, onze anos... Em 2009 comecei a criar esse conjunto. Nenhuma delas me fitou da mesma forma, todas sublimaram meus imperativos e afirmaram sua personalidade. Superlativo? Não creio. Todas, antes de receberem o espelho de suas almas, me levaram tempo, que ao contrário do que pensam os tolos não é dinheiro e sim, vida. Em nenhum outro momento, da minha, expressei tão intimamente um ser que me habita e sem pudor se reconhece um artesão que faz arte. Me reconheci por esses olhos, me vi intimamente a partir deles.Quando morava em Cruz Alta e frequentava, nem sempre estudei, o colégio Gabriel Miranda, ainda oitava série, aprendi a fazer macramé. Aqui uma confissão, amo de tal modo essa arte, sou tão seletivo nos momentos em que me dedico a ela, que se não tivesse aprendido a fazer mais nada na vida, apenas a ordenar nós em formas, fecharia meus olhos num final feliz.
Nesse painel uma coletânea de vinte e quatro corujinhas, representam quase trezentas horas de trabalho. Cada confecção trouxe um lampejo de consciência. Nenhuma delas mereceu uma plaquinha de produto finalizado, para mim, todas nasceram, muitas voaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário