sexta-feira, 1 de março de 2013

cores e multinós - corujinhas macrame

(revisado)
Estou em 2020, entre a foto e hoje há tempo, onze anos... Em 2009 comecei a criar esse conjunto. Nenhuma delas me fitou da mesma forma, todas sublimaram meus imperativos e afirmaram sua personalidade. Superlativo? Não creio. Todas, antes de receberem o espelho de suas almas, me levaram tempo, que ao contrário do que pensam os tolos não é dinheiro e sim, vida. Em nenhum outro momento, da minha, expressei tão intimamente um ser que me habita e sem pudor se reconhece um artesão que faz arte. Me reconheci por esses olhos, me vi intimamente a partir deles.

Corujinhas - quadro em cores
Painel com trabalhos em macramé, artesanato autoral em fio encerado e fio parafinado. Os olhos são de sementes, vidro, cortiça de rolha... Corujas com média de 5cm afora o rabo, 12 metros de fio, 9 a 14 horas de trabalho.
Foto: Carlos Hirschmann Almeida (obrigado pelo paciente registro e amizade) - Fernando MDB


Quando morava em Cruz Alta e frequentava, nem sempre estudei, o colégio Gabriel Miranda, ainda oitava série, aprendi a fazer macramé. Aqui uma confissão, amo de tal modo essa arte, sou tão seletivo nos momentos em que me dedico a ela, que se não tivesse aprendido a fazer mais nada na vida, apenas a ordenar nós em formas, fecharia meus olhos num final feliz.

Nesse painel uma coletânea de vinte e quatro corujinhas, representam quase trezentas horas de trabalho. Cada confecção trouxe um lampejo de consciência. Nenhuma delas mereceu uma plaquinha de produto finalizado, para mim, todas nasceram, muitas voaram.

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Inerências retóricas

escrito e dinâmico * A razão é a busca dela. Está sempre entre seu impulso e sua descoberta. ..............................