quinta-feira, 14 de março de 2013

Asas nos pés

Sê rebelde passarinho.
Anda!
Liberta-te dessa prisão.
Lê um livro, saiba um livro.
Sonha!
Lê um livro, saiba um livro.
Liberta-te dessa prisão.
Anda!
Sê rebelde passarinho.
Ensina os homens a voar.

sábado, 2 de março de 2013

Geanine, menina!

"...e então, ainda com o coração batendo forte pela última queda, sorriso e apreensão na mesma face, já sabendo que outra queda chegaria a qualquer momento, ansiava com os braços abertos de quem se lança com o medo, ou seja, acompanhada dele, coragem em dobro, cinco anos apenas, mantinha-se sentada na planta dos meus pés e fitava meus olhos querendo adivinhar o momento em que a soltaria em queda livre, era novamente surpreendida, novamente a suspendia, quase em êxtase descia daquele metro de altura que minhas pernas alcançavam apoiadas pelo corpo deitado sobre as costas, gargalhava e logo se desafiava novamente, vencendo a apreensão da nova queda, buscando adivinhar o momento antes de ser surpreendida, vivia cada ciclo intensamente..."

(recorte de memórias da infância de uma menina amada e feliz)

sexta-feira, 1 de março de 2013

cores e multinós - corujinhas macrame

(revisado)
Estou em 2020, entre a foto e hoje há tempo, onze anos... Em 2009 comecei a criar esse conjunto. Nenhuma delas me fitou da mesma forma, todas sublimaram meus imperativos e afirmaram sua personalidade. Superlativo? Não creio. Todas, antes de receberem o espelho de suas almas, me levaram tempo, que ao contrário do que pensam os tolos não é dinheiro e sim, vida. Em nenhum outro momento, da minha, expressei tão intimamente um ser que me habita e sem pudor se reconhece um artesão que faz arte. Me reconheci por esses olhos, me vi intimamente a partir deles.

Corujinhas - quadro em cores
Painel com trabalhos em macramé, artesanato autoral em fio encerado e fio parafinado. Os olhos são de sementes, vidro, cortiça de rolha... Corujas com média de 5cm afora o rabo, 12 metros de fio, 9 a 14 horas de trabalho.
Foto: Carlos Hirschmann Almeida (obrigado pelo paciente registro e amizade) - Fernando MDB


Quando morava em Cruz Alta e frequentava, nem sempre estudei, o colégio Gabriel Miranda, ainda oitava série, aprendi a fazer macramé. Aqui uma confissão, amo de tal modo essa arte, sou tão seletivo nos momentos em que me dedico a ela, que se não tivesse aprendido a fazer mais nada na vida, apenas a ordenar nós em formas, fecharia meus olhos num final feliz.

Nesse painel uma coletânea de vinte e quatro corujinhas, representam quase trezentas horas de trabalho. Cada confecção trouxe um lampejo de consciência. Nenhuma delas mereceu uma plaquinha de produto finalizado, para mim, todas nasceram, muitas voaram.

Inerências retóricas

escrito e dinâmico * A razão é a busca dela. Está sempre entre seu impulso e sua descoberta. ..............................