E então aquela mulher espiritualmente evoluída, aquele ser que compreendeu e venceu o jogo da vida, o Samsara, olhou para seu hermético deus uno e trino, o que vive dentro de si, afinal o lugar perfeito que ela criou para que seu deus fosse luz. Enternecida com seu sofrimento e resiliência para atingir esse privilégio de ser tão humilde a ponto de prostrar-se de joelhos sobre uma simples almofada de veludo e não de uma ostensiva seda javanesa, seu coração elevado ao alto e certamente mais puro que todos esses outros corações sem o seu deus, talvez mesmo por falta de acesso, esses impuros com quem ela se vê obrigada a conviver e quase se contaminar diariamente, suspira e devotamente modesta agradece a sua luminosa e justa superioridade evolutiva. Depois manda a copeira servir o chá para as amigas que vieram lhe visitar a fim de saber mais sobre sua última viagem ao Tibet, onde adquiriu, mais por caridade que por gosto e, naturalmente por uma bagatela, algumas relíquias a fim de auxiliar artesãos muito pobres que construíram um templo muito simples, mas limpo, nos arredores do hotel seis estrelas que ela se hospedou por três semanas antes de se instalar por seis meses no mosteiro, o mais chique do Tibet, para exercitar o desprendimento material.
Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
terça-feira, 4 de junho de 2013
Divina humildade
E então aquela mulher espiritualmente evoluída, aquele ser que compreendeu e venceu o jogo da vida, o Samsara, olhou para seu hermético deus uno e trino, o que vive dentro de si, afinal o lugar perfeito que ela criou para que seu deus fosse luz. Enternecida com seu sofrimento e resiliência para atingir esse privilégio de ser tão humilde a ponto de prostrar-se de joelhos sobre uma simples almofada de veludo e não de uma ostensiva seda javanesa, seu coração elevado ao alto e certamente mais puro que todos esses outros corações sem o seu deus, talvez mesmo por falta de acesso, esses impuros com quem ela se vê obrigada a conviver e quase se contaminar diariamente, suspira e devotamente modesta agradece a sua luminosa e justa superioridade evolutiva. Depois manda a copeira servir o chá para as amigas que vieram lhe visitar a fim de saber mais sobre sua última viagem ao Tibet, onde adquiriu, mais por caridade que por gosto e, naturalmente por uma bagatela, algumas relíquias a fim de auxiliar artesãos muito pobres que construíram um templo muito simples, mas limpo, nos arredores do hotel seis estrelas que ela se hospedou por três semanas antes de se instalar por seis meses no mosteiro, o mais chique do Tibet, para exercitar o desprendimento material.
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