sábado, 19 de janeiro de 2013

Tergiversando na madrugada


Tergiversando na madrugada, entre colar etiquetas e repensar os propósitos.

A indústria se especializou, infelizmente e somente em baixar custos para aumentar lucros. Ótimo evoluir, péssimo não utilizar para melhorar a vida todo conhecimento e evolução. O ser humano faz a indústria, o barco é o mesmo.

A especialização é uma arapuca. Para especializar-se o estudioso necessita imperativamente aceitar pressupostos como verdades no mínimo tangíveis. Isso é um funil, especializar-se. Pois bem, quanto mais avança, mais fechado o funil, mais pressupostos aceitos. Poucos continuam a olhar para o lada do funil em que a boca é larga.

Acreditar, falsamente, que baixar custos é escolha motivada pela disseminação do acesso a um produto é um pressuposto. É falso. A indústria baixa custos para aumentar lucro. O consumidor é enganado pela indústria para não pensar que está sendo enganado quando a indústria baixa a qualidade dos produtos numa escala diretamente ligada a baixa dos custos de matérias-prima, e não somente custos de imagem.

Especializar-se é demorado, só é caro para quem aceita o pressuposto, falso, de que tempo 'vivido' também é dinheiro.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Simples


Enquanto a vida segue, movimento é gerúndio.
Viver parado nem por um segundo é possível.
Assim vemos as coisas pelas quais passamos e também as que passam.
Entre essas coisas estão as pessoas.
Só as essências fogem às regras.

Foto por Irene Silveira

Vasto como som
Inaudível como o espaço
Certo como o irreconhecido
Habita em ti um ser chamado Amo

Imaterial como o vento
Perceptível como a água
Dúbio como o pensamento
Habita em ti um ser chamado Amo

O Amo que me habita é meu.

Mínimo como o silêncio
Audível como o eco
Incerto como o sabido
Habita em ti um ser chamado Sou

Sólido como o ar que não passa
Intátil como a partícula
Definitivo como o nada
Habita em ti um ser chamado Sou

O Sou que me habita é teu.

Inerências retóricas

escrito e dinâmico * A razão é a busca dela. Está sempre entre seu impulso e sua descoberta. ..............................