o peso que agora me calca as pernas
já não mais é o peso do caminho que prende
como repuxo de maré
o peso que levo é leve
a gordura que acumulei me suspende
como espuma de arrebentação
tenho mais em volume que em consistência
me refestelo com a manta branca que cobre minha carne
como ondas em alto mar
sou mais visível por ser mais volumoso
acabaram-se as cambalhotas de atenção
como golfinhos sem sardinha
sou mais invisível pelo mais comum que agora sou
acabou-se o chamativo estar em forma
como lagosta à vinagrete
sou mais para mim que sempre
este é um canto
que trouxe para louvar
a mim
gordo
feliz
Aqui está o tergiversar ininterrupto que os intervalos empurram dos meus silêncios para este caderno não-papel.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
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Inerências retóricas
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